
Mísos-Morbidus
Sabe...
Um dia eu olhei-me no espelho
E percebi que o que habitava aquele rosto esquálido
Não era mais o famoso;
-Origem-
Percebia que algo faltava.
Procurei na libido, ou em outras coisas mundanas
Porem, nada adiantou a ele; Sinto-me Doente.
Sabia que aquele sentimento visceral habitava o meu corpo.
Por vezes ele me destroçava, e então como um animal infiel
Abandonava-me... Para apenas re-aparecer
Ele jamais havia partido
E isso por sua vez
Trazia-me mais e mais desespero.
Então me joguei em um poço que sempre questionei existir
Quando cheguei ao ponto ou região mais baixa que os pontos à sua volta.
Percebi que era o fim
Porem não saia por minha garganta... Absolutamente nada.
Foi então que, algo aqui dentro rompeu-se
Um riso em meus lábios totalmente desconhecido até então ocupava minha face.
Jogando tudo o que acreditava –como um cadáver- numa pilha de corpos
Onde estou ou quem é agora... Nada disso importa, e eu não sei dizer o porque.
Meus olhos, não mais refletem minha alma, sinto-me... Liberto!
Percebo agora, que só passei por tudo isso para compreender
O quão importante é esse lado novo
Jamais o reprimirei como o fiz antes
Esse novo ser que me alimenta.
Esse novo ser que me fortalece.
Esse novo ser que tanto Jó negava.
Quem há de resistiria face a face? Quem pôde afrontar-me
E sair com vida debaixo de toda a extensão de meu Ego?
Quem abriu minha alma em dois, em que seus dentes fazem reinar o terror?
Se a racionalidade toca-me, ela não resiste.
A aversão pra mim é alimento, a dor é como
Ossos podres...
Nenhum comentário:
Postar um comentário